“Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou
cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens”. Ef 4.8.

Alguns apresentam habilidades interessantes,
outras nem tanto. Algumas chegam a beira do ridículo ou são completamente irrelevantes,
mas isso não importa. No final das contas para os produtores do programa o que
interessa mesmo é proporcionar aos telespectadores um momento de descontração.
Deus tem dado a todos os homens
de forma indistinta, habilidades, capacidades ou talentos naturais para serem
usados nos relacionamentos sociais. Estas habilidades estão em todas as áreas
da vida humana: ciências, artes, conhecimento, esportes, e tantas outras,
devendo ser usadas na consciência de que são dádivas de Deus e que seu uso
correto redunda em glória ao doador delas (I Co 10.31; Cl 3.17).
Mas para a igreja, ou seja, para
o corpo de Cristo, que é formado pelos eleitos, Deus além de talentos, deu
capacitações especiais que chamamos de “dons espirituais”, concedidos
livremente pelo Espírito Santo visando um fim específico e proveitoso (I Co 12.7),
qual seja: edificar a igreja, concedendo a ela crescimento tanto qualitativo,
quanto quantitativo, proporcionando o aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço (Ef 4.12). Alguns teólogos reformados como o Rev.
John MacArthur, entendem que é na compreensão e na prática consciente dos dons
que a igreja alcançará esse crescimento satisfatório.
O fato é que, precisamos pensar
mais seriamente sobre o papel dos dons na vida da igreja e na nossa vida cristã
pessoal, entendendo o propósito de Deus
em nos capacitar para determinadas funções dentro do Corpo de Cristo, se é que
entendemos a normal e vital necessidade de buscarmos esse crescimento diante de
Deus e dos homens, e isso sem sombra de dúvidas, passa pelo caminho da
manifestação dos dons.
Não há um membro do corpo humano que
não tenha valor, relevância ou função orgânica. E é justamente esta figura que
o apostolo Paulo usa para mostrar à igreja de Corinto a verdade de que todos os
que estão ligados intimamente a Cristo, pelo Espírito, tem seu lugar e função
no desenvolvimento da igreja.
Quando um irmão, pelo conhecimento
bíblico que adquiriu, exorta ou admoesta outro irmão fazendo-o abandonar práticas
pecaminosas, ele está usando o dom da “profecia” e o dom da “Palavra de sabedoria”. Quando
somos dirigidos num estudo das Escrituras, estamos também sendo edificados
através do uso do dom de “mestre” . Ou ainda, quando fomos alcançados pelo
evangelho através da pregação, fomos enxertados na igreja pelo dom do
“evangelista”. Quando somos servidos nas nossas necessidades materiais, ou
servimos a outros, experimentamos os dons de “socorro”, de “diaconia”, de “misericórdia” e tantos
outros.
Qual é o seu dom? Como membro do
corpo de Cristo que é a igreja, você também tem um papel importante a
desempenhar nela. Procure conhecer melhor o que a Bíblia diz sobre os dons (Rm
12; I Co 12,14; Ef 4). Peça ao Senhor que lhe esclareça qual o seu dom, e nesse
aspecto, o reconhecimento da igreja é o sinal mais claro, portanto, se disponha
ao serviço, seja mais participativo no corpo, para que assim os membros de
desenvolvam sadiamente e o corpo cresça em qualidade e em quantidade.
Indio de S. Mesquita
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