segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A adoração aceitável a Deus - Sl 33.1-5


A adoração sempre foi um assunto importante, muito debatido e desenvolvido no seio da Igreja.

A forma de adorar. O lugar de adorar. Com o que se deve adorar a Deus certamente estava na mente da mulher samaritana que encontrou com Jesus na fonte de Jaco (Jo 4).

A história da Igreja e as Escrituras nos mostram uma clara variação nas formas e nos métodos de se expressar a adoração: Abraão adorava levantando altares e sacrificando animais; Moisés introduz: o cântico, a comemoração dos dias festivos, a leitura do Livro da Aliança, oferendas e a construção do tabernáculo; Davi revolucionou a adoração em Israel, recuperando a arca da aliança, que simbolizava a presença de Deus.

No NT, além das instruções de Jesus à mulher samaritana sobre o caráter espiritual da adoração, o que encontramos são recomendações do apóstolo Paulo a diversas igrejas com respeito ao uso dos cânticos, dos salmos e dos hinos nos momentos de comunhão.



Contudo, precisamos nos lembrar que o pecado entrou  na vida do homem maculando todas as ações exercendo uma força que o afasta  do modo ideal de Deus para sua vida, no âmbito social, e também no âmbito espiritual e religioso.

Numa época de multi-expressões de adoração, onde cada um arroga para si o direito e a liberdade de adorar conforme o seu coração, precisamos voltar então à Palavra de Deus para vermos o que ela diz sobre que tipo de  adoração o Senhor  requer de nós,  e de todos aqueles que se dispõem a servi-lo, a cultuá-lo, a louvá-lo.
Neste sentido, o Salmo 33, em seus primeiros versículos, nos apresenta algumas verdades sobre a adoração que agrada, a adoração que seja aceitável a Deus.
Os versos 1, 2 e 3 nos apresentam ordenanças para a adoração a Deus.  Exultai, celebrai  e cantai-lhe, são imperativos. Exultar e se alegrar n”Ele, com cânticos (Sl 100.2),  é  preceito de Deus, é prescrição como nos diz o Salmo 81.4.
Mas, além da ordenança, do imperativo das ações em adoração a Deus, em segundo lugar, o salmista nos mostra pelo menos duas características, dois requisitos para o adorador: justiça e retidão (V.1,2).
Os justos são aqueles que são capacitados pelo Espírito, a andar em conformidade moral e ética com o padrão estabelecido pela natureza e pela vontade de Deus, que é justo em todos os seus caminhos e a viverem em retidão também com o padrão de Deus, na observância dos preceitos da Palavra de Deus é requisito para a adoração.
Não é possível desassociar a adoração, o ato de adorar,  da vida cotidiana do adorador. Quem adora a Deus, deve faze-lo com todo o seu ser.  Seus pensamentos, suas palavras e seus atos devem apontar para uma sincera devoção e total submissão ao Senhor.
Em terceiro e ultimo lugar, além da ordenança e dos requisitos, o texto nos versos 4 e 5 nos traz quatro bons motivos para adorar, louvar e se alegrar em Deus, mostrando que a sua Palavra e sua obra são inseparáveis.
O salmista diz que devemos adorar a Deus porque: A Palavra do Senhor é reta; O seu proceder é fiel; Ele ama a justiça e o direito; e a bondade do Senhor enche a terra.
            Muito embora tenhamos modelos ou caminhos para adoração, propostos  através de veículos como: TV, DVDs e grupos ou ministérios de adoração de igrejas que se colocam até como uma geração nova de adoradores, precisamos entender que nem sempre esses modelos ou padrões se encaixam no que a Escritura ensina como uma adoração que seja aceitável ao Senhor.
Adorar, segundo a Escritura, é mais do que simplesmente pronunciar palavras de elogio a Deus, fazer gestos coreografados ou demonstrar sentimentos. É ter atitude de obediência à ordenança de adorá-lo. É andar de forma a manifestar  as qualidades requeridas daquele que o adora:  justiça e retidão. E por fim, ter por motivação o próprio Deus, sua Palavra e suas obras.
Que como uma igreja cujo slogan é: Um lugar de vida, possamos cada dia crescer nessa ordenança, e que ofereçamos a Deus sempre, uma adoração bíblica agradável e verdadeira, e um louvor sincero, vibrante, alegre e contagiante que demonstre nosso reconhecimento de todo o bem que Deus tem feito à nós.

                                                                                                   Rev. Indio Mesquita

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dia de compras!!!



Ontem foi o dia das compras do mês. Não preciso de listas, são poucas coisas.

Legumes e frutas eram prioridades.

Comprei alguns pêssegos que levei vários minutos para escolher. 

Empacotei tudo e o rapaz do mercado me ajudou a montar uma caixa com as compras, pois vou de bicicleta. Amarramos a caixa na garupa.

Na volta, esqueci das compras, fiz uma manobra radical de pular a sarjeta, que aqui eles conhecem como meio-fio, a caixa virou e os pêssegos voaram.

Deu para salvá-los. Cheguei em casa e os lavei, mas alguns deles estavam machucados e amargos.

Fiquei com a fruta em mãos pensando nisso.

Machucados e amargos.

Amargos depois de uma batida, de uma pancada, de um voo louco rumo ao chão.

E pensei em mim.

Em nós.

Não são raras as vezes que nos tornamos amargos por causa de nossos machucados.

Nos tornamos inapreciáveis, sem sabor, amargos... azedos.

Parece que a única coisa que sobra em nós é um coração duro como caroço de pêssego.

Então, falei com Deus, balbuciei:

- Deus, me ajude a não ficar amargo com essas pancadas todas!

Quem de nós não as leva?

São manobras inconsequentes, descuidado, quedas ao acaso, alguns que querem nos ver machucados, outros que apertados na mesma sacola de compras nesse mercado-mundo nos descascam, outros que nós machucamos...

Mas todos nós, uma hora ou outra, levamos pancada.

E o milenar questionamento é:

Como reagir às pancadas? 

É o pensamento sartreano: O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.

Nosso coração precisa de pacificação. Isso não quer dizer que as pancadas não trarão dores. As dores trarão choros. Mas não podemos fazer da dor e do choro uma amargura ou uma eterna revanche.

Já dizia o mestre Ghandhi: Olho por olho e todos seremos cegos.

Afinal de contas, é o tempo todo que machucamos e somos machucados!

Sem revanchismo, na hora da dor. Talvez a maior revanche seja se colocar em pé e continuar em paz, apesar das dores.

Afinal, o que irrita mais a um inimigo que uma pessoa que enfrenta as derrotas de frente, se coloca em pé das quedas e continua a viver em amor e graça e para piorar, com um sorriso sincero no rosto?

Coincidentemente, as pessoas que conheci que mais sorriam e eram generosas, felizes e gentis foram as que conviviam com muitas dores. A dor pode nos tornar amargos e duros como caroços, ou mais sensíveis como os pêssegos.

E apanhar é uma coisa que tenho aprendido bem. Luto para que eu não fique encaroçado em ressentimentos e rancores, mas que seja casca dura pra aguentar quanta bordoada vier e com o coração amolecido e sensível e não ao contrário, mole por fora e duro por dentro.

Que eu aprenda a andar a segunda milha. A primeira milha eu ando comigo mesmo para acostumar à caminhada e aos desafios do caminho.

Há buracos e malucos de bicicleta e algumas quedas e machucados são inevitáveis. 

Já não importa como caímos e nos machucamos, como cairemos e nos machucaremos, mas importa sim, saber como andaremos depois que levantarmos.

E Deus sempre conserta nossos corações se Lhe entregarmos os pedaços.

Mesmo os corações mais encaroçados.


Gito

segunda-feira, 6 de agosto de 2012










Aqui estou eu novamente...tenho rabiscado em papeis e aqui no computador uma série de pensamentos e logo deleto ou rasgo. 
Eu queria postar tudo o que penso, mas se fizer isso o pouco que me resta será tirado!
Engraçado a gente fala tanto de ser verdadeiro, mas vivemos a maior parte do tempo mentindo. Já parou pra pensar nisso? Sim, se formos sinceros vamos perceber que a maior parte do tempo estamos mentindo. Temos que fingir que a comida está boa, falar que a roupa dela (dele) ta bonita, que o cabelo ta maravilhoso, que a casa ta do jeito que vc gosta que o menino que acaba de nascer é lindo, que o carro é bom, que a empresa que vc trabalha é a melhor, que o produto que vc usa é único, que sua religião é a única que chega a Deus e por aí vai! 
Nas relações então nem se fala, fingimos ser agradáveis, amáveis, amigáveis. Temos que ser educado, ser polido no falar e no comportamento. 
Vez e outra me pego cansado de tudo isso e percebo que fomos feito pra sermos mentirosos e embarco nessa viagem mentirosa que são as relações humanas. Vez e outra me pego pensando se vale a pena lutar pra ser quem eu sou. Ser verdadeiro, transparente, sincero uma vez que isso vai em choque ao mundo que vivemos. 
Se fizermos uma pesquisa a maioria absoluta das pessoas querem que você seja sincero, mas se vc for sincero vc vai ter problemas.... é doido isso!
Sei que no fim das contas já não sei mais o que pensar ou o que fazer... enquanto eu puder vou sendo sincero ou pelo menos naquilo que me convém!
Grande abraço e um beijo no coração!!!!

ZILÃO