A adoração
sempre foi um assunto importante, muito debatido e desenvolvido no seio da
Igreja.
A
forma de adorar. O lugar de adorar. Com o que se deve adorar a Deus certamente
estava na mente da mulher samaritana que encontrou com Jesus na fonte de Jaco
(Jo 4).
A
história da Igreja e as Escrituras nos mostram uma clara variação nas formas e nos
métodos de se expressar a adoração: Abraão adorava levantando altares e
sacrificando animais; Moisés introduz: o cântico, a comemoração dos dias
festivos, a leitura do Livro da Aliança, oferendas e a construção do
tabernáculo; Davi revolucionou a adoração em Israel, recuperando a arca da
aliança, que simbolizava a presença de Deus.
No
NT, além das instruções de Jesus à mulher samaritana sobre o caráter espiritual
da adoração, o que encontramos são recomendações do apóstolo Paulo a diversas
igrejas com respeito ao uso dos cânticos, dos salmos e dos hinos nos momentos
de comunhão.
Contudo,
precisamos nos lembrar que o pecado entrou
na vida do homem maculando todas as ações exercendo uma força que o
afasta do modo ideal de Deus para sua
vida, no âmbito social, e também no âmbito espiritual e religioso.
Numa época de multi-expressões de adoração, onde cada um
arroga para si o direito e a liberdade de adorar
conforme o seu coração, precisamos voltar então à Palavra de Deus para vermos o
que ela diz sobre que tipo de adoração o
Senhor requer de nós, e de todos aqueles que se dispõem a servi-lo,
a cultuá-lo, a louvá-lo.
Neste sentido, o Salmo 33, em seus primeiros versículos, nos apresenta
algumas verdades sobre a adoração que agrada, a adoração que seja aceitável a
Deus.
Os versos 1, 2 e 3 nos apresentam ordenanças para a adoração a
Deus. Exultai, celebrai e cantai-lhe, são imperativos. Exultar e se alegrar n”Ele, com cânticos (Sl 100.2), é
preceito de Deus, é prescrição como nos diz o Salmo 81.4.
Mas, além da ordenança, do imperativo das ações em adoração
a Deus, em segundo lugar, o salmista nos mostra pelo menos duas características,
dois requisitos para o adorador: justiça e retidão (V.1,2).
Os
justos são aqueles que são capacitados pelo Espírito, a andar em conformidade
moral e ética com o padrão estabelecido pela natureza e pela vontade de Deus,
que é justo em todos os seus caminhos e a viverem em
retidão também com o padrão de Deus, na observância dos preceitos da Palavra de
Deus é requisito para a adoração.
Não é
possível desassociar a adoração, o ato de adorar, da vida cotidiana do adorador. Quem adora a
Deus, deve faze-lo com todo o seu ser.
Seus pensamentos, suas palavras e seus atos devem apontar para uma
sincera devoção e total submissão ao Senhor.
Em terceiro e
ultimo lugar, além da ordenança e dos requisitos, o texto nos versos 4 e 5 nos
traz quatro bons motivos para adorar, louvar e se alegrar em Deus, mostrando
que a sua Palavra e sua obra são inseparáveis.
O salmista diz
que devemos adorar a Deus porque: A
Palavra do Senhor é reta; O seu proceder é fiel; Ele ama a justiça e o direito; e a bondade do Senhor enche a terra.
Muito
embora tenhamos modelos ou caminhos para adoração, propostos através de veículos como: TV, DVDs e grupos
ou ministérios de adoração de igrejas que se colocam até como uma geração nova
de adoradores, precisamos entender que nem sempre esses modelos ou padrões se
encaixam no que a Escritura ensina como uma adoração que seja aceitável ao
Senhor.
Adorar, segundo
a Escritura, é mais do que simplesmente pronunciar palavras de elogio a Deus,
fazer gestos coreografados ou demonstrar sentimentos. É ter atitude de
obediência à ordenança de adorá-lo. É andar de forma a manifestar as qualidades requeridas daquele que o adora:
justiça e retidão. E por fim, ter por
motivação o próprio Deus, sua Palavra e suas obras.
Que como uma
igreja cujo slogan é: Um lugar de vida, possamos cada dia crescer nessa
ordenança, e que ofereçamos a Deus sempre, uma adoração bíblica agradável e
verdadeira, e um louvor sincero, vibrante, alegre e contagiante que demonstre
nosso reconhecimento de todo o bem que Deus tem feito à nós.
Rev. Indio
Mesquita